sábado, 27 de janeiro de 2018

Parabéns a todas e todos que participaram do curso "Perspectiva de Gênero e Luta de Classe em uma Sociedade Capitalista", em especial a secretária da Mulher da CUT/SE, Ana Luzia, idealizadora do evento, a palestrante Dra. Dinamara Garcia Feldens, pesquisadora e professora da Universidade Federal de Sergipe, que com muito brilhantismo e simpatia proferiu uma palestra com debate entre as (os) participantes.


Leia logo abaixo, uma matéria escrita por Iracema Corso, publicada esta semana:

Secretaria da Mulher da CUT/SE inicia 2018 com o curso ‘Perspectiva de gênero e luta de classe em uma sociedade capitalista’

29/01/2018

Escrito por: Iracema Corso


Sábado de estudos na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) reuniu lideranças sindicais e membros do movimento social que participaram do curso ‘Perspectiva de gênero e luta de classe em uma sociedade capitalista’, promovido pela Secretaria da Mulher da CUT/SE, no dia 27/1.

Relações de poder, história oculta e feminismo foram temas abordados pela palestrante Dinamara Garcia Feldens, pesquisadora e professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), com licenciatura em História, Mestrado e Doutorado em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS e pós-doutorado pela Universidade Complutense de Madrid UCM em Filosofia da Educação.
Para ilustrar a realidade do machismo no Brasil através da violência física registrada em boletins de ocorrência, a professora Dinamara Garcia Feldens recordou que o machismo brasileiro mata em média 13 mulheres por dia. O dado é ‘a ponta do iceberg’, pois ele reflete o contexto de violência contra a mulher – agressões físicas, sexuais, verbais, a tortura psicológica, entre outros – que são relevados, minimizados ou socialmente aceitos pela cultura machista e conservadora que ainda é predominante no Brasil.

Presidente do SINDASSE/CUT, Rosely Anacleto citou o grande índice de violência contra as mulheres de religiões pentecostais e acendeu o debate sobre o papel da religião diante deste cenário de feminicídio e das várias formas de violência praticadas contra a mulher e veladas pela sociedade. Rosely também apontou como um desafio discutir o feminismo numa perspectiva marxista.

A professora Dinamara Feldens instigou o debate entre lideranças sindicais e sinalizou que o conhecimento é a principal informação para transformar este cenário de feminicídio consentido. Segundo Dinamara, o caminho é o acesso à informação, o diálogo e o esclarecimento. A professora destacou que é importante ser radical tendo um discurso condizente com a prática, mas sem cair no sectarismo.



A secretária da Mulher da CUT/SE, professora Ana Luzia agradeceu contribuição de todos no debate e defendeu que continue havendo a troca de informações, filmes, bibliografia e intercambio cultural sobre a temática feminista que aconteceu durante o curso. “Sabemos do retrocesso que ameaça acabar com o que conquistamos, por isso não podemos ficar de braços cruzados. A Casa da Mulher em Sergipe não foi construída por quê? Precisamos investigar onde foi parar este recurso. Vamos ampliar esta discussão na diretoria da CUT/SE também. E em fevereiro será marcada a próxima reunião do Coletivo de Mulheres. Temos muitas pautas a discutir e, entre elas, a construção do dia 8 de março”.

O curso de formação foi encerrado com música, dança e arte. A musicista, compositora e instrumentista Mary Barreto trouxe o clima de festa e poesia que encerrou a primeira atividade realizada pela Secretaria da Mulher da CUT/SE em 2018.

Fotos: Marcia Meirellys





































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